tag:blogger.com,1999:blog-39987006594384057782024-03-13T08:10:42.714-07:00SOCIOLOGIA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE - "Por uma cinemologia não chatológica"Blog de Sandro Augusto Ferreira, professor de sociologia, 34 anos, casado com Laura Ferreira e pai de Lanara do Carmo, Pablo Augusto e Bruno Augusto.
Espaço para reflexões pessoais (descobertas, trajetórias, angústias), para discussões sociológicas (atividades de aulas, projetos intelectuais pessoais, reflexões sobre fenômenos de interesse sociológico) e para discutir o caráter "criador de realidades e necessidades" do cinema.Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-13618620883780391272013-04-16T07:34:00.000-07:002013-04-16T07:34:03.947-07:00Filhos, Universidade e Assistência Estudantil
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-APPdFJlvaSc/UW1glz63O9I/AAAAAAAAAHQ/bLgDT79GwM4/s1600/um+amor+de+pai.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-APPdFJlvaSc/UW1glz63O9I/AAAAAAAAAHQ/bLgDT79GwM4/s1600/um+amor+de+pai.jpg" /></a><span style="font-family: Calibri;">Hoje vi um filme que havia
“adquirido” já faz algum tempo. O nome em português é “O Amor de um Pai” e
conta a história de um jovem pai que precisou estudar em Harvard cuidando
sozinho de um filho recém-nascido. Já na sinopse me perguntei: o que teria acontecido
com a mãe? Teria morrido no parto? Bom, lá pela metade do filme descobrimos que
a mãe abandonou os dois (o pai e o bebê) para voltar para a cidade de origem.
Claro que o roteiro nos leva a um julgamento daquela mãe, já que no filme não é
discutido de forma clara a razão do abandono, que, com um olhar mais atento,
fica evidente ter sido motivado por um adoecimento mental da mãe, que entra em
depressão pelo afastamento da família, devido às dificuldades de cuidar de um
bebê tendo apenas dezessete anos, além de se sentir secundária como esposa que
deve sorridentemente sustentar as condições objetivas para que o pai possa
estudar. Bem, sabemos que a grande maioria das jovens mães acabam sendo
obrigadas a cumprir este papel, e muitas sofrem, e muito, com isso. Nunca tinha
tido a real imagem de uma depressão pós-parto. Laura (acredito) passou bem por
esta fase duas vezes, mas nos últimos meses convivi com situações muito sérias
deste problema aqui em Barreiras. Me ví diante da minha incapacidade, e dos meus
colegas, de acolher estas jovens mães na universidade. Aliás, acolhimento é
tudo que falta à universidade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E é exatamente sobre isso que o
filme trata: como a universidade se comporta diante destas realidades
vulneráveis. No filme a figura da reitora é a antagonista da figura de um
professor de Cálculo, e neste caso (por incrível que pareça) o assédio moral
vinha da reitora, enquanto o professor fazia o máximo de esforço para que o
aluno superasse o seu bloqueio com a disciplina de cálculo (qualquer semelhança
com ICADS é mera coincidência). A reitora representava fielmente a universidade
que não admite aquele que não seja um “estudante pronto”, aquele que, se chegou
a Harvard, tem que ser o autêntico estudante profissional, totalmente e
exclusivamente dedicado à universidade, que, assim sendo, não deve esperar da
universidade nada além de bons e impessoais professores.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Assim que o estudante se vê
sozinho com o seu filho vai em busca do direito de morar num alojamento
estudantil, o que lhe é negado, já que as Repúblicas não foram feitas para pais
solteiros. Além de não receber este acolhimento material da universidade, o
aluno é constantemente desestimulado a permanecer na mesma. Afinal o “tipo
ideal” de estudante de Harvard jamais poderia ser alcançado por um pai
solteiro. E qual é a responsabilidade da universidade com isso? O que ela pode
fazer para incluir o estudante? Nada. Não há moradia, não há creche, não há
restaurante universitário, quase não há nem solidariedade entre os próprios
pares do aluno em questão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Aí eu fico me perguntando: para
nós professores, gestores, o que significa um aluno que evade a universidade?
Nada, nem um número, porque nem nos damos ao trabalho de quantificar este
fenômeno (as vezes até torcemos por isso, para reduzir nossas salas).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Fui estudante numa época em que a
universidade quase nada oferecia, e mesmo tendo muito pouco já tinha o básico
que muitos jovens baianos ainda não tem: uma universidade distante apenas de
uma viagem de ônibus coletivo. Isso já foi muito no meu caso, e mesmo com todas
as dificuldades descobri (por conta própria) os meios para a minha “afiliação”
à universidade. Hoje, como professor, ainda acredito que posso colaborar de
alguma forma para que tantos outros estudantes descubram estes meios, que hoje já
são muitos, bem mais que a dez anos atrás.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas a questão não gira apenas na
oferta material dessa assistência estudantil, é preciso mais que isso, é
preciso disposição da universidade e de seu corpo permanente em acolher,
respeitar e orientar este ”universo diverso” de jovens que brigam com suas
armas para estar dentro de universidades, tão simbolicamente significantes como
é a nossa querida Universidade Federal da Bahia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Recomendo o filme, péssimos
atores, montagem fraca, mas um ótimo pano de fundo para pensarmos a
universidade do século XXI, diariamente sacudida por aqueles que, no passado,
nem passavam na frente de seus portões. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Link do filme completo no Youtube:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=TCL-vRjwc2w">http://www.youtube.com/watch?v=TCL-vRjwc2w</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Intensos abraços,<o:p></o:p></span></div>
Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-38157060411220673412012-05-19T16:19:00.001-07:002012-05-19T16:21:05.081-07:00Treze meses de caminhadas por igualdade<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-xUy9BQAF7ZM/T7gorTRdKsI/AAAAAAAAAF0/8gi6AXYJ43o/s1600/boicote.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: left; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" kba="true" src="http://4.bp.blogspot.com/-xUy9BQAF7ZM/T7gorTRdKsI/AAAAAAAAAF0/8gi6AXYJ43o/s1600/boicote.jpg" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Acabei de ver no canal Cinemax o filme Boycott (2001). Lembro que soube do lançamento do filme a época, mas só agora (e por acaso) vi o filme. Fantástico! Mostra com detalhes o movimento dos negros em Montgomery, estado do Alabama, que realizaram um boicote aos onibus públicos devido a uma lei de segregação que obrigava os negros a levantarem de um assento caso um branco estivesse em pé. Uma mulher corajosa, chamada Rosa Parks, se recusou a levantar e acabou presa por isso. A partir de associações e igrejas batistas de negros iniciou-se o boicote sob a liderança do reverendo Marthin Luther King, que convicto de sua estratégia de não violência, conseguiu manter o boicote por 13 meses, que só acabou após o Tribunal de Justiça declarar a segregação nos ônibus ilegal. Esta vitória foi o ponto de partida para o movimentos dos direitos civis nos EUA, que junto com outros movimentos (radicais inclusive) conseguiram combater as leis de segregação racial em todos os EUA. 13 meses indo ao trabalho, a escola andando, em nome de uma luta. Quando retomaremos essa disposição para a luta por justiça social e igualdade?</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Belo trecho do filme no link abaixo:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=QWA0_s0bIMI">http://www.youtube.com/watch?v=QWA0_s0bIMI</a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Fortes Abraços,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-2370839882796866442012-04-06T18:36:00.003-07:002012-04-06T18:39:28.220-07:00Voltar ao presente<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-D8Iknw19KRs/T3-Zq5nkCII/AAAAAAAAAFs/fK2jcINC5nk/s1600/meia+noite+em+paris.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" nda="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-D8Iknw19KRs/T3-Zq5nkCII/AAAAAAAAAFs/fK2jcINC5nk/s1600/meia+noite+em+paris.jpg" /></a>Essa semana finalmente (já estava com o filme fazia tempo) assisti “Meia noite em Paris” de Woody Allen. De cara já curti muito o conflito de perspectivas de vida (intelectual) entre o casal. Nossa, como seria realmente difícil casar com alguém com uma “vibe” tão diferente.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Bom, o filme é uma viagem que exige obviamente bastante conhecimento de literatura e arte do século XX (início). Eu que acredito conhecer algo, me vi várias vezes “boiando” com as referências a alguns escritores e artistas em geral. Acho que as referências a Pablo Picasso, Salvador Dali e Ernest Hemingway foram as mais significativas para mim. O filme é realmente um estímulo ao gosto pelas artes em geral, coisa que nos últimos tempos tem se tornado importante para mim, especialmente devido a perspectiva interdisciplinar dos BI's no ICADS. Ainda acredito que precisamos e muito de um BI em Artes no ICADS.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Bom, aquela oportunidade que o personagem principal teve de reviver uma época, podendo estar tão perto de seus ídolos intelectuais foi algo DEMAIS. Não pude evitar pensar pra onde eu iria se pudesse voltar no tempo:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira “viagem” que tive me levou aos anos de chumbo no Brasil, mais especificamente 1968 (“o ano que não terminou”). Me vi militante da ALN, acompanhando Marighella na luta armada, e me iludindo que aquele momento era o momento da revolução socialista. Várias vezes já pensei isso: “Se tivesse vivido no tempo da ditadura estaria na luta armada com certeza!” Será? É incrível como os jovens são tão altruístas e apaixonados. Acho mesmo é que se pudesse voltar lá, estaria tentando convencer Marighella e Lamarca do conceito de Guerra de Posição e de disputa de Hegemonia de Gramsci...rs.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Taí, lembrei de Gramsci, e por tabela de Marx. Imagina como seria legal participar da fundação da Iª Internacional? Ver Marx debatendo com Bakunin. Poder contar a ele que a primeira revolução seria na Rússia e não na Alemanha como ele acreditava. Ou voltar ainda mais e me meter na briga entre Rousseau e Voltaire?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a referência do filme são as artes. Então, pensando melhor, pra qual período histórico das artes voltaria? Já sei! Frequentaria os bares que Álvares de Azevedo frequentava, imaginando o quanto o amor é cruel e a vida é insana e curta. Que massa que seria...rs.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Como seria bom poder fazer essas viagens a momentos de grande produção e vivacidade intelectual. Hoje faltam espaços assim... ou não? Pensando bem, o quanto vivi, tudo que vi da vida, foi muito bom... é muito bom. Sinto que a cada papo despretensioso com os amigos de hoje aprendo mais sobre coisas úteis e inúteis. Porque insistimos tanto em achar que nossa época é “menor” que as anteriores? Somos anões talvez, mas podemos subir nos ombros dos gigantes do passado e assim, ver além.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim sendo, onde gostaria de estar agora? Em um lugar com meus amigos artistas do agora, dotados de uma vontade de produzir a academia em que vivemos, mas com uma boa pitada de acidez e sarcasmo. Neste lugar estão os amigos de hoje, mas neste momento falta alguém, uma pessoa que garantia a este meio o carinho e a doçura que deve sempre temperar a vida intelectual. Ela agora adocica os ares de João Pessoa, mas sempre será lembrada como parte deste meio agradável que é o nosso tempo presente. Saudades Deborah Cabral. </div>
<br />
Trailler do filme no link: <br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=aYP4RfN1NvU">http://www.youtube.com/watch?v=aYP4RfN1NvU</a> <br />
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Grandes abraços,Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-71210338533505456132012-03-17T21:44:00.001-07:002012-03-17T21:49:18.669-07:00Intensamente Pais e Filhos<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vBSem2Rre2E/T2VnJGSUfWI/AAAAAAAAAFk/ayXS-i1q_dk/s1600/tao-forte-tao-perto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img aea="true" border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-vBSem2Rre2E/T2VnJGSUfWI/AAAAAAAAAFk/ayXS-i1q_dk/s1600/tao-forte-tao-perto.jpg" /></a>São 00:55 do dia 18 de março, madrugada de sábado para domingo. Acabei de assistir um belo filme, “Tão forte e tão perto” que articula uma série de questões que constumam alimentar roteiros de cinema. O 11 de setembro, por exemplo. Aliás, o melhor filme até agora sobre este dia (não que tenha visto muitos, uns seis talvez). É óbvio que essa não é a temática que me traz ao teclado do meu computador, uma hora dessas (quase não escrevo mais, não só no Blog, em praticamente mais nada).</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
O tema que me é muito significante presente no filme é a questão da paternidade, mais especificamente da relação de amor entre pais e filhos. No filme essa relação é também pedagógica. Há alí uma perspectiva de como educar um filho, desafiando-o o tempo todo a buscar viver, experienciar, estranhar pra usar um jargão antropológico. Quem ver o filme perceberá que o tema do estranhamento, e das possibilidades de aprendizagem que ele oferece, é muito relevante na trama.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Mais sem dúvida o tamanho do amor daquele filho é o mais tocante na história, e a mim, sinto que toca ainda mais. Acho até que já escrevi aqui neste blog sobre esses sentimentos que me acompanham e fazem parte (intensamente) da minha história. O corte abrupto da presença do pai (morto nas torres gêmeas) causa um turbilhão na vida do garoto. As vezes me pergunto se a ausência constante de um pai (como na minha história) é mais dolorosa do que a perda abrupta de um pai presente. Tá evidente que não, e isso me assusta, por pensar na efemeridade das nossas vidas. Temo muito diante da possibilidade de causar tamanho sofrimento nos meus filhos. </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
A cada sorriso, a cada retorno que recebo deles, reforço em mim a certeza do quão importante é o amor entre pais e filhos. É pra mim como uma força quase mística, que orienta a existência daqueles que amam seus filhos. Nada, nenhuma explicação estruturalista ou subjetivista, se impõe sobre essa “centralidade do amor”.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Fico me perguntando, onde estará o meu pai agora? Já tive oportunidade de externar o quanto é tranquilo pra mim esse histórico de ausência dele, não me “traumatizou” tenho certeza. Mas acho estranho a não procura. Agora, pensando no filme, como não procurar alguém que você sabe que está vivo, quando o Oskar, o garoto do filme, procurou intensamente um pai que ele sabia que estava morto. Paradoxo.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
Não quero que pensem que amanhã sairei procurando em listas telefônicas o paradeiro de meu pai. Apesar de estranhar essa situação, sempre achei que compensaria isso amando ainda mais meus filhos. </div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Numa passagem bela do filme, Oskar pergunta a mãe dele: “Eu não falo o suficiente que eu te amo, não é?”. Pablo e Bruno falam muito, mais que o suficiente... que bom! </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Traller do filme: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=dmqQQMl73Lc">http://www.youtube.com/watch?v=dmqQQMl73Lc</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Grandes abraços,</div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-17892464717912880182012-02-16T13:44:00.003-08:002012-02-17T07:13:03.282-08:00A aproximação do 08 de março...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-Lhu70KGaXQs/Tz1038ierRI/AAAAAAAAAFU/k1Z4QExbfC8/s1600/the-whistleblower-poster-615x910.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-Lhu70KGaXQs/Tz1038ierRI/AAAAAAAAAFU/k1Z4QExbfC8/s320/the-whistleblower-poster-615x910.jpg" width="216" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">A aproximação do dia 8 de março, dia internacional da Mulher, especialmente este ano, tem me chamado a atenção. Quero muito que esta data, este ano, seja lembrada enfaticamente na universidade e em Barreiras, que normalmente costuma ignorar datas como esta. Ano passado, lembro como se fosse hoje, o 8 de março foi comemorado em pleno carnaval, e junto com algumas companheiras do PSOL fomos com uma faixa para o circuito do carnaval, primeiro na avenida, depois no centro histórico, marcar a data, mas mesmo uma faixa tão grande parecia invisível diante do desejo quase insano de dançar entre outras coisas que se fazem no carnaval.<o:p></o:p></span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-fYRa2QqI-ns/Tz1v3IjbEZI/AAAAAAAAAFM/u2rZaYY_wGE/s1600/08+de+mar%C3%A7o+2011" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img border="0" height="150" src="http://1.bp.blogspot.com/-fYRa2QqI-ns/Tz1v3IjbEZI/AAAAAAAAAFM/u2rZaYY_wGE/s200/08+de+mar%C3%A7o+2011" width="200" /></span></a><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Este ano acredito que existem mais oportunidades de pautar esta data. O 8 de março cairá na primeira semana de aula no ICADS, o que, espero eu, pode direcionar o desejo (também insano) de fazer trote com os calouros para algo que faça-os, especialmente os rapazes, lembrar da importância dessa data, e da necessidade de respeitar a mulher, especialmente deixando de tratá-las como um objeto de prazer, coisa comum no carnaval.<o:p></o:p></span></div><span style="color: black; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas> <v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"> <o:lock aspectratio="t" v:ext="edit"> </o:lock></v:path></v:stroke></span></v:shapetype></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Ontem, vi um filme, que Laura já havia me recomendado como muito bom, chamado ‘A Informante”. O nome nem sugere muito o tema do filme, que trata do Tráfico Internacional de Mulheres, numa região onde esse fenômeno é crescente, os Balcãs e a Europa Oriental em geral. O filme mostra com detalhes a crueza da violência contra jovens sem perspectivas nos seus países que são apropriadas como mercadorias por homens para o sexo. Mas outros aspectos me chamaram a atenção, especialmente o aspecto da disputa étnica e religiosa existente nos Balcãs, que quase se destruiu numa guerra que opunha grupos étnicos muito próximos e que de repente (após o fim do regime sufocante da ex-Iugoslávia) passaram a lutar encarnecidamente por terra, honra e religião. <o:p></o:p></span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Bem, dentro de tudo isso, o que me chamou a atenção foi a representação que o filme faz, de forma sutil, do desprezo que os homens, de ambas as religiões em guerra, tem das mulheres. E, em um estado de guerra, elas são ainda mais rebaixadas em sua importância, como o filme demonstra. Isso faz com que a violência praticada sobre elas chegue a níveis insuportáveis, e o desprezo, inclusive dos organismos internacionais presentes no local, para com as questões de gênero aumenta significativamente. É como se todas as outras questões num estado de guerra fossem mais importantes do que a violência de um marido sobre a sua esposa, o cárcere privado de jovens em um prostíbulo, entre outros exemplos.<o:p></o:p></span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">E como se as demandas de gênero estivessem sempre numa escala abaixo das outras questões. Lembro, ainda da época da graduação, quando o movimento negro, de mulheres negras, dizia: “No Brasil é muito difícil ser negro, mais ainda se for negro e pobre, e mais ainda se for negro, pobre e mulher”. Precisamos atentar para isto, para o tamanho da importância que nós damos ao combate diário a violência praticada contra a mulher. Não basta mais apenas se indignar diante das notícias na TV, é preciso aprender (e ter coragem) a denunciar. As mudanças que foram feitas este mês na Lei Maria da Penha nos convidam a esta nova postura: “Em briga de marido e mulher, devemos sim, meter a colher”.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-vnlAY9t3Mog/Tz14Qi8U4iI/AAAAAAAAAFc/x9ba7KECd1c/s1600/lei+maria+da+penha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-vnlAY9t3Mog/Tz14Qi8U4iI/AAAAAAAAAFc/x9ba7KECd1c/s1600/lei+maria+da+penha.jpg" /></span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Veja o trailer no link:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=zxUn6hRiNhg"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">http://www.youtube.com/watch?v=zxUn6hRiNhg</span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Abraços,</span></div><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"> </span>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-31320533010258648882010-01-03T07:28:00.000-08:002010-01-03T08:20:15.116-08:00A Xenofobia e suas consequências<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/S0DB0pRzwTI/AAAAAAAAAEk/X5IXh9Z_-2Q/s1600-h/jean-charles1.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 220px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5422547061531984178" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/S0DB0pRzwTI/AAAAAAAAAEk/X5IXh9Z_-2Q/s320/jean-charles1.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">A temática da intolerância racial me acompanha desde os últimos anos da graduação e, apesar de algumas "decepções" com a temática, ainda leio muito sobre o tema. Mas o real motivo que me faz continuar antenado a temática é a variedade de interfaces com outros temas como religião, imigração, etc. A xenofobia, <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">fenômeno</span> antigo presente na obra de grandes pensadores como Aristóteles, é uma dessas interfaces. Por isso, trago para vocês hoje o filme nacional "Jean Charles" que conta a história do brasileiro morto pela polícia de Londres após ser confundido com um <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">muçulmano</span>.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Esse fato não teve a repercussão necessária já que os policiais envolvidos não foram presos, o que demonstra os limites de nossa tão <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">propagandeada</span> capacidade diplomática. Nos ajuda também a <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">refletir</span> sobre a paranóia ambulante que tomou conta do mundo ocidental desenvolvido após o 11 de <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-corrected">Setembro</span> de 2001. O filme aborda a questão de forma <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">sutil</span>, não pondo ela no centro da narrativa. Procura mostrar o <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">cotidiano</span> de muito trabalho de um imigrante num país rico em busca de sucesso, além de mostrar também as redes de <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">solidariedade</span> que se formam entre esses "<span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">invisíveis</span> sociais".</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O imigrante, especialmente os ilegais, acaba se submetendo a condições duras de trabalho, com baixa remuneração, realizando trabalhos insalubres e sem nenhum direito. Costumo recomendar sobre essa temática o filme "Sob a mesma lua", que retrata a vida dos imigrantes mexicanos ilegais nos EUA... filme emocionante.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Além destas dificuldades materiais, o imigrante ainda é submetido a intolerância étnica, ao ódio contra o imigrante, seja porque ele representa <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">concorrência</span> por empregos em alguns casos, seja <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-corrected">por simplesmente</span> ser desprezado devido a sua origem étnica, sua opção religiosa e/ou seus hábitos culturais. Assim sendo a Xenofobia se apresenta como mais uma expressão do racismo, <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">fenômeno</span> que se fortalece <span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">objetiva</span> e <span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">subjetivamente</span> mesmo sob fortes críticas.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O filme deixa isso claro, Jean Charles foi morto por ter a aparência do 'outro", não inglês, que sempre representou o perigo, mesmo antes do 11/09.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">A Xenofobia é sem dúvida uma marca, se não a mais importante, do século XXI. Não é a toa que muitos intelectuais apontam o 11/09 como o marco zero deste século. Devemos estar atentos a este <span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">fenômeno</span> e a sua expressão também dentro dos nossos muros.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Veja o <span id="SPELLING_ERROR_15" class="blsp-spelling-error">trailer</span> do filme no link:</div><div align="justify"></div><div align="justify"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=K_Go2raghqo">http://www.youtube.com/watch?v=K_Go2raghqo</a><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Grandes abraços, </div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-40521577378323240082010-01-01T01:27:00.000-08:002010-01-01T11:24:06.478-08:00Realidades e diversidades regionais<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Sz5Jk1tQf5I/AAAAAAAAAEM/7YaF-4E7Dp4/s1600-h/diariosdemoto.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 242px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5421851898641678226" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Sz5Jk1tQf5I/AAAAAAAAAEM/7YaF-4E7Dp4/s320/diariosdemoto.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">Anteontem revi um filme (dessa vez na TV) na madrugada. Talvez isso demonstre um pouco como tem sido "emocionante" o meu recesso de fim de ano...rs. O filme em questão é "Diários de Motocicleta" que, como todos vocês devem saber, retrata a juventude de Ernesto 'che' Guevara, numa viagem fantástica de motocicleta ("la Poderosa") da Argentina até a Venezuela.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Só pela idéia, de cruzar um continente de moto e sem dinheiro, o filme já seduz, mas o que gostaria de destacar aqui é o encontro deste jovem com a realidade de "nuestra" América Latina.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Esta viagem (do filme) me fez lembrar de experiências recentes e algumas antigas que vivi. </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Como muitos aqui devem saber ainda na minha pós-aborrescência, quando fazia o curso secundário no colégio Central em Salvador, iniciei minhas experiências militantes, primeiro com o mundo Anarco Punk de Salvador (cheguei a produzir um fanzine chamado "Movimento Anti-Teoria" (sic!)), depois com o marxismo. E naquela época fiz algumas viagens cheio de idéias e boas intenções para "mudar o mundo", e óbvio, já me indagava sobre as identidades e dissonâncias de nossa sofrida América Latina. A teoria foquista de Che já me chamava a atenção, e estudava vorazmente as experiências guerrilheiras brasileiras, em especial as do campo, como o Araguaia, Caparaó, Lamarca, etc. Logo percebi que as diferenças entre as nações da América Latina, e entre as regiões brasileiras eram enormes e fascinantes.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Alguns anos depois, em 2002, quando dava aula como substituto no Departamento de Ciência Política de FFCH\UFBA, comecei a lecionar uma disciplina optativa chamada "Movimentos Políticos na América Latina". Turma lotada, mais de 40 alunos, e debates interessantíssimos. Não cheguei a concluir a disciplina porque pedi exoneração do cargo devido a aprovação no doutorado na época, mas lembro do primeiro módulo da disciplina: "Latinidades" a partir de um texto de Mary Castro. A discussão foi fantástica, lembro que provocava os meus alunos quando dizia que o único elemento identitário que nos unia (brasileiros) a América Latina era uma camiseta de "Che" Guevara com a frase: "Eis de endurecer, porém sem perder a ternura jamais!". Meus alunos (lembro de figuras como Rogério do PSOL, Vicente do PT, Elisangela do PCdoB) tornavam aquele debate uma questão de honra... muito bom; ótimas reflexões.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Ainda mais recentemente levei os meus alunos (junto com Gredson e Márcio, parceiros-quase-cúmplices, nessa empreitada) para a região de Canudos no sertão baiano na esperança que, vindos de outra realidade, pudessem refletir sobre nossas enormes desigualdades regionais... acho que, ainda que parcialmente, conseguimos dos alunos algo próximo a isso.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Quando revi o filme, naquela cena onde Ernesto observa trabalhadores indígenas sendo explorados\humilhados numa mina no Peru, pensei muito na necessidade que todo ser humano tem de viver um "choque de realidade", para tentar despertar algum tipo de indignação diante das injustiças. É uma experiência, repito, necessária... formadora de nosso olhar humano. E mesmo aqueles que já sentiram isso, devem sempre viver essa experiência novamente... para renovar alguma faísca de espírito crítico.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O filme procura demonstrar isso, que é preciso experienciar "in loco" nossa realidade, para a partir daí tentar transformá-la como fez Ernesto Guevara, ainda que de forma voluntarista em alguns momentos e acompanhado de equívocos em outros.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O filme é fantástico, um ótimo exercício para pensar a América Latina que hoje é um dos meus maiores interesses acadêmicos. </div><br />Veja o trailer no link:<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Ygn1lNk_oTg">http://www.youtube.com/watch?v=Ygn1lNk_oTg</a><br /><br /><br />Grandes abraços,Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-72998138269476418102009-12-28T14:47:00.001-08:002009-12-28T15:00:04.877-08:00O Eterno dilema da disciplina na educação<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Szk3eI69wFI/AAAAAAAAAEE/dXkPaeiztFs/s1600-h/1244856775_coachcarterposter02.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 213px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420424617447506002" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Szk3eI69wFI/AAAAAAAAAEE/dXkPaeiztFs/s320/1244856775_coachcarterposter02.jpg" /></a><br /><p align="justify">A questão da disciplina acompanha o debate sobre os rumos da educação a muito tempo, pelo menos, desde quando comecei a dar aula em cursos de Pedagogia em 2002. A preocupação em obter resultados acadêmicos quase sempre leva os educadores a crer que o fortalecimento da disciplina resolveria o problema. Alunos dóceis, que sempre pedem pra ir ao banheiro, que respondem a tudo com um alto “yes sir!!!” é o sonho de todo professor (o meu também, não vou esconder). Filmes que abordam essa temática são muitos. Hoje assisti a mais um, “Coach Carter: Treino para a vida”, que pra variar, relaciona esporte e educação, motivo de orgulho para os (norte) americanos, com seus grandes resultados nas olimpíadas, mas que na verdade, esconde um sistema cruel que poucas vezes cria estudantes-atletas, e que compra jovens pobres (na maioria afro-americanos) com bolsas de estudo apenas (e para apenas) por serem bons em algum esporte (basquete normalmente). </p><p align="justify">O filme é justamente feliz por fazer essa crítica, mostrar que as próprias escolas esperam destes alunos apenas resultados nas quadras ou campos. Lembro de um filme muito bom chamado “Encontrando Forrester” que contava a história de um brilhante aluno tanto no basquete quanto nos livros… recomendo.</p><p align="justify">Em “Coach Carter” o treinador visualiza isso e começa a exigir de seus alunos resultados nas notas tão bons quanto nas quadras, e aí recorre aos instrumentos autoritários (e geralmente militarizados) comuns nestes filmes. Exercícios físicos, proibições em geral, e aqui e acolá pérolas de assédio moral são implementados e… obviamente: "DÃO RESULTADO!. “Que maravilha!” - pensamos nós educadores. Disciplina é a solução. </p><p align="justify">Confesso que ainda tenho pouca clareza quanto a isso, mas me incomoda essa ideia autoritária que os filmes reproduzem, atos duros cheios de boas intenções. É claro que adoraria ter disciplina, respeito, dedicação espartana entre meus alunos, mas tenho medo de cobrar por igual aqueles que são diferentes. “Lugares comuns”, métodos lineares, quase sempre deixam muitos pelo caminho, e na maioria das vezes, não se perguntam porque esses ficaram.</p><p align="justify">Permaneço achando que precisamos continuar refletindo sobre a educação, desejando nos tornar hérois como os “treinadores” desses filmes (recomendo também “Duelo de titãs” com temática muito semelhante), mas sempre tomando o devido cuidado para não reproduzir estratégias draconianas demais em nome das boas intenções.</p><p align="justify">O filme erra muito, mas também acerta muito. Reproduz clichês comuns em filmes sobre esportes como terminar sempre numa longa cena de um grande e decisivo jogo (embora com uma certa surpresa no final), mas inova quando inclui entre os jovens vitimizados não só afro-americanos mas também os descendentes de latino-americanos em geral, que hoje sofrem tanto, e em alguns casos até mais, nos EUA quanto os negros (recomendo sobre essa temática o filme “Escritores da Liberdade”). Vale a pena assistir e ampliar o debate, a EDUCAÇÃO precisa disso.</p><p align="justify">Veja o trailer do filme no link:</p><p align="justify">http://www.youtube.com/watch?v=F-s6osgsFug</p><p align="justify"></p><p align="justify"></p><p align="justify"></p><p align="justify">Grandes abraços, </p>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-5248095229556919152009-12-20T14:06:00.000-08:002010-01-01T11:26:08.214-08:00A misantropia dos intelectuais no foco de Woody Allen<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Sy6sce43ZSI/AAAAAAAAAD8/HnZ3O2Thil8/s1600-h/tudo-pode-dar-certo.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 235px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5417457007101175074" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Sy6sce43ZSI/AAAAAAAAAD8/HnZ3O2Thil8/s320/tudo-pode-dar-certo.jpg" /></a><br />A taxa de porcaria dos filmes que assisto estava aumentando essa semana (só para exemplificar: "Harry Potter" "Garota Infernal") quando por acaso resolvi ver um filme, sem ao menos saber que era de Woody Allen: "Tudo pode dar certo" (Whatever Works). O nome clichê deve ser uma provocação a pouca paciência (característica central de Boris, centro do filme) com o seu uso constante entre as pessoas com "QI abaixo de 100". Boris é o autêntico intelectual arrogante, aquele que ao estudar ao extremo (todos os títulos possíveis) acaba penetrando, ou melhor, ascendendo a um outro mundo, um outro patamar de percepção da realidade, exclusivo aos intelectuais. Daí a crítica as "pessoas comuns" chega a um patamar cômico. Tudo é questionado filo-físico-antropologicamente, da existência do amor, à necessidade do sexo. Empenhado nessa reflexão de botequim para poucos, o autor se isola do mundo, buscando apenas o convívio de seus poucos amigos também intelectuais\professores, reunidos nos botequins boêmios de Nova Iorque (como é a cara de Allen).<br /><br />Outro aspecto interessante do filme e análise das possibilidades de um intelectual (no caso dele um físico... rs, especialista em mecânica quântica) se envolver afetivamente, quiçá casar, com um ser do "outro mundo" rs, digo, que não tenha estudado, ou que não consiga entender sobre cinema cult, bons vinhos, livros, entre outras coisas (me divertiria muito se tentasse ampliar essa lista rememorando os meus antigos e novos amigos intelectuais).<br /><br />Bom, agora o porquê deste filme ter me chamado tanto a atenção: quem me conhece bem já deve ter percebido. Ele me lembra demais o "meu mundo de cá" Sim! Porque eu tenho dois mundos opostos que envolvem minha vida: o "de cá" acadêmico, intelectual, quase religioso, e o "de lá" popular, simples, quase profano.<br />É muito massa esse intercâmbio (rs), mas me delicio mesmo quando reúno-me nas rodas sarcásticas, misantropas dos meus amigos "intelectuais" (Gramsci me perdoe pelo mau uso do conceito). Entre a chatologia e a pura má vontade com o mundo, muitas gargalhadas consigo nestes momentos.<br />Quem é desse meio vai gostar (e se identificar) muito com o filme... recomendo.<br /><br />P.S. Este é o primeiro arquivo de vídeo que recebo que vem com um glossário (mais de 20 verbetes) com as expressões principais que surgem no vídeo. Reproduzo aqui o verbete sobre Misantropia:<br />MISANTROPIA - é a aversão ao ser humano e à natureza humana no geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas. Um misantropo é alguém que odeia a humanidade de uma forma generalizada. O termo também é aplicável a todos aqueles que se tornam solitários por causa dos sentimentos acima mencionados (de destacar o elevado grau de desconfiança que detêm pelas outras ).<br /><br />Veja o trailer legendado (em HD) no link:<br />http://www.youtube.com/watch?v=A6xDaMsDPw0<br /><br />Grandes abraços,</div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-38944971447473820722009-12-14T15:58:00.000-08:002009-12-14T16:36:06.411-08:00Cinema e Cozinha: Finalmente um bom filme<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SybYTvN0NmI/AAAAAAAAADk/t-YkqARSygo/s1600-h/julie_julia.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 214px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415253435563128418" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SybYTvN0NmI/AAAAAAAAADk/t-YkqARSygo/s320/julie_julia.jpg" /></a><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SybXjsU7TmI/AAAAAAAAADc/tqhwrh8WgNo/s1600-h/julie%26julia_02.jpg"></a><br />Há muito que não me interessava por filmes sobre temas gastronômicos, até porque a maioria deles eram muito ruins, lembro até de um que se passava num bar no humaitá em Salvador, produção americana, horrível, tanto que nem lembro o nome (apenas lembro que era com Murilo Benício em início de carreira).<br />Acabei de ver um: "Julie & julia" realmente muito bom, mas não porque fala de comida (francesa), mas porque envolve tantas coisas, e muitas delas mexem comigo.<br /><br />A primeira delas é sobre um livro (no filme um livro de receitas) que acaba se tornando uma espécie de manual de instruções para a vida de uma das personagens. Quantos livros já lidos me envolveram, lembro, por exemplo, quando li "Batismo de Sangue" de Frei Beto, e o quanto me identifiquei, representei (muitas vezes caricaturalmente) muitos daqueles personagens. No filme Julie incorpora Júlia, na cozinha e na vida... idolatrando-a.<br /><br />Outro elemento interessante do filme é o poder do Blog... esse espaço de publicização\exibição de intimidades cada vez mais usado por todos nós. No filme a autora estabelece uma meta: fazer cerca de 500 receitas do livro em um ano, e vai relatando, dia a dia, suas aventuras na cozinha (e em outros espaços da casa...rs). Tem uma cena em especial que me fez rir muito, quando ela fica hiper ansiosa por um comentário nos seus post's. Acho que todos que possuem um blog (até eu que pouco escrevo aqui) ficam desejando um comentário, olhando o blog todo o dia na esperança de um "adorei", "tá legal", etc. No filme o primeiro comentário no blog era da mãe dela: "mãe não conta"...rs.<br /><br />Ri muito com o filme, e pra variar me identifiquei com algumas situações... vale a pena ver, seja por Meryl Streep, pela comida (francesa), pelas paisagens parisienses, e pelo vai-e-vem entre 1949 e 2002... realmente um filme inteligente. Acho até que vou estabelecer umas metas aqui no meu blog, como, por exemplo, assistir 30 filmes nessas férias e postar sobre todos aqui! Calma, não cometerei essa sandice, até porque a taxa de porcaria do que vejo beira os 30%...rs.<br /><br />Vejam o trailer legendado (em HD) no link:<br />http://www.youtube.com/watch?v=vjvJHsJD8ic<br /><br />Grandes abraços...Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-18511331620857999492009-10-24T06:14:00.001-07:002010-01-01T11:45:13.097-08:00Uma lente de aumento na sala de aula<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SuMI030udoI/AAAAAAAAADU/8jd9kBidgnU/s1600-h/entre+les+mures.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; FLOAT: right; HEIGHT: 267px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396166482951304834" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SuMI030udoI/AAAAAAAAADU/8jd9kBidgnU/s320/entre+les+mures.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">Ontem, 23/10 (sexta), vi na Sessão Solaris um filme fantástico, diferente de tudo que já vi sobre educação, "Entre os muros da escola" produção francesa de Laurent Cantet, que "FOUCALIZA" uma turma de 8ª série numa escola pública francesa com forte presença de estudantes imigrantes.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Bem, antes de comentar sobre o filme vou descrever um pouco aqui o que é a Sessão Solaris. Quando cheguei em Barreiras, em março deste ano encontrei colegas, novos e antigos, dispostos a se organizar num núcleo de Humanidades, dentro de um campus fortemente marcado pela presença das Exatas. De cara surgiu a proposta de recuperar um projeto anterior do Prof. Márcio Lima de exibição de filmes seguido de debates. Funciona assim: todo mês escolhemos um tema e exibimos filmes nas sextas-feira, reservando a última do mês para a realização de um debate/mesa-redonda sobre este tema. Este mês de outubro o tema é "Educação e Diversidade Cultural" e já exibimos os filmes: "Pro Dia Nascer Feliz" (documentário); "Escritores da Liberdade" e "Nenhum a Menos" (produção chinesa). Ontem, portanto, penúltima sexta do mês, exibimos "Entre os Muros da Escola" e como já não acontecia a tempos, tivemos um público muito bom e animado.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Bom, o filme conta a história do Prof. Marin, que leciona Francês para alunos adolescentes de várias origens étnicas, alguns franceses "tipicamente europeus", outros nascidos na França mas etnicamente africanos, asiáticos, e uma maior parte imigrantes ilegais, portanto, submetidos aos sonhos de uma educação "a francesa" e aos riscos do preconceito, da deportação, etc.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O Prof. Marin oscila entre uma paixão compromissada com a educação e a turma, e uma saturação/cansaço com a "diversidade" de objetivos, potenciais, histórias pessoais, etc., dos seus alunos.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O interessante disto tudo é como ele flerta o tempo todo com o autoritarismo num sistema educacional disciplinar que atua por vários (micro) vetores, tão poderosos quanto o "Conselho Disciplinar" que é convocado a atuar "legalmente" no final do filme. Não poderia aqui deixar de citar Foucault, já que este disciplinamento se aplica principalmente sobre os corpos dos alunos, que devem sempre levantar as mãos pra falar, pedir autorização para levantar das carteiras, etc.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Mas voltemos a Marin, que vejo aqui como a metáfora de todos nós educadores, seduzidos pela necessidade de usar a autoridade quando desafiados; em tempos de "Bullying" precisamos medir cada palavra, ação, opção avaliativa...tudo!</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Mas relativizarei aqui, como bom cientista social que sou (rs), o assédio moral de Marin com seus alunos. O filme nos mostra o quanto ele também é assediado constantemente, testado, sufocado, como todos nós professores, todos os dias... sempre flertando com o autoritarismo.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Essa não é uma questão simples, envolve variáveis demais, mas cabe a reflexão; ser educador envolve estes desafios, entender a diversidade humana, não só a étnica, mas todas as variações do "ser humano", ou melhor dos "seres humanos".</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">"somos iguais; somos diferentes"</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Recomendo a todos o filme, e aos barreirenses, em especial, o Solaris, espaço privilegiado de reflexão sobre tudo: o TODO e as PARTES.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Vejam o trailer do filme neste link:</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=9EAdkrVbzjU">http://www.youtube.com/watch?v=9EAdkrVbzjU</a></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Grandes abraços, </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">PS. Dedico este post a minha ex-aluna de Pedagogia Suene Rosa de Jesus, brilhante como aluna, brilhante como pessoa, que teve sua vida ceifada pelo ex-marido este mês na cidade de Gandu/BA.</div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-31095587322172095342009-09-30T16:29:00.000-07:002010-01-01T11:41:17.181-08:00O Educador entre a militância acadêmica e a luta social<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SsPxVkN5UXI/AAAAAAAAADM/3KU5jph-dgY/s1600-h/o+grande+debate.bmp"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 221px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387414932066750834" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SsPxVkN5UXI/AAAAAAAAADM/3KU5jph-dgY/s320/o+grande+debate.bmp" /></a><br />Essa semana assisti um filme com uma dupla de atores incríveis: Forester Withaker e Denzel Washington. O filme se chama "O Grande Debate" e creio que não foi muito divulgado aqui no Brasil. Este longa retrata uma pequena faculdade Negra (Nas primeiras décadas do séc. XX as escolas americanas era segregadas... volto a falar disto mais adiante!) onde um professor reunia alunos para montar a equipe de debate da faculdade, que competia com outras em todos os EUA em disputas como um julgamento, com temas relevantes da sociedade, uma equipe defendendo a favor e outra contra. Sei que muitas escolas ainda exploram essa metodologia de aprendizagem que me parece interessante, mas gostaria de ouvir aqui nos comentários minhas queridas alunas de pedagogia da UEFS sobre esta estratégia didática.<br />Bem, o interessante é que essa equipe era formada por jovens Negros que buscavam a máxima dedicação intelectual, como uma forma de mobilidade social, pela simples clareza de que numa sociedade extremamente racista o Negro precisava se apoderar ao máximo dos saberes acadêmicos. Alguns destes acabam até por se "desligar" da realidade social devido a esta postura "caxias" em excesso; essa questão é tematizada no filme, que questiona esta postura (essa questão muito me chama a atenção por ter, na minha trajetória acadêmica, buscado sempre articular estes dois ambitos da luta política: a universidade e a sociedade em geral).<br />O fato é que esse aprimoramento intelectual acaba por colaborar decisamente com a luta dos Negros nos EUA, já que muitos desses estudantes tornaram-se as principais lideranças políticas dos movimentos pelos direitos civis.<br />Mas quero também comentar sobre o papel de Denzel Washington, o professor Tolson (uma história real) que assume uma postura na história muito interessante. Ele, ao mesmo tempo em que preparava os seus alunos para serem brilhantes nos debates, vestia-se de camponês para clandestinamente discutir e organizar trabalhadores pobres (brancos e Negros) a lutarem contra a opressão capitalista, e sofre implacável perseguição da polícia local por ser "comunista". Lembremos que nesta época nos EUA ser "comunista" era mais "repugnante" para a elite branca do que ser Negro.<br />O fantástico da história é a persistência deste professor em buscar ser mais do que um bom professor, lutar apenas pelas bandeiras da educação, mas buscar também colaborar com os movimentos sociais, tarefa onde os educadores são agentes privilegiados, e que em muito podem colaborar.<br />O filme é fantástico, emocionante inclusive quando os alunos da pequena faculdade vão a Harvard debater com os alunos de lá e vencem a disputa. Me fez lembrar das minhas utopias pessoais, de um dia colaborar para que uma universidade periférica, pequena, como a nossa UFBA de Barreiras possa educar intelectuais capazes de se destacar em qualquer centro de excelência no Brasil. Me fez também lembrar de outra utopia minha, essa adormecida por um tempo, a de colaborar para a luta política geral, ultrapassando os limites do meu gabinete acadêmico, e me aproximando do calor real dos movimentos sociais urbanos e rurais.<br />Algumas notas:<br />Não sei se repararam que escrevi a palavra Negro sempre com "N" maiúsculo. O filme mostra que uma das primeiras grandes vitórias dos Negros americanos neste período foi obrigar os jornais a sempre publicarem a palavra "Nigro" com "N" maiúsculo, evitando essa relação negativa (que ainda ocorre principalmente no Brasil) com a idéia de obscuridade.<br />Como já comentei em outros post´s existem vários bons filmes que tematizam este período da educação americana, um em especial: "Duelo de titãs".<br /><br />Vejam o trailer do filme neste link:<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=kJhLwIwX1bg">http://www.youtube.com/watch?v=kJhLwIwX1bg</a><br /><br /><br />Enormes abraços a todos,</div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-31170367275870929152009-09-01T14:18:00.000-07:002010-01-01T11:38:11.997-08:00A noção de Pureza e Perigo no filme "A Partida"<div align="justify"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Sp2Te066dPI/AAAAAAAAADE/LxWFK7r-N2I/s1600-h/APartida-web.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 220px; FLOAT: right; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376615687961343218" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/Sp2Te066dPI/AAAAAAAAADE/LxWFK7r-N2I/s320/APartida-web.jpg" /></a><br />Queridos amigos,<br /><br />Há muito não posto nada, estou tentando voltar aos poucos, ando com a vida a mil por hora devido especialmente as atividades da Assistência Estudantil aqui no ICADS. </div><div align="justify"><br />Ontem vi um filme japonês fantástico chamado "A Partida", e ele me fez lembrar muito dos meus estudos sobre o SINDLIMP, na época do mestrado. Não que o filme fale da temática sindical/racial, mas porque ele recupera a dimensão da pureza e perigo (bem apresentada na obra de Mary Douglas) naqueles trabalhos considerados "sujos", "impuros". No filme o trabalho em questão é o de "acondicionador de corpos", ou seja, aqueles que arrumam o cadáver para ser colocado no caixão. Limpar, colocar tampões nos orifícios, e arrumar o corpo, atividades que causam repugnação em nossa cultura. No filme essa discussão é levantada, e aos poucos vamos percebendo, não só a importância desse trabalho, mas a dignidade com que ele é exercido.<br /></div><div align="justify">Em muitas passagens o filme passeia pelo riso leve e criativo, e também pelo drama pessoal ligado a paternidade, que muito me tocou dado a minha história pessoal.<br />Recomendo, um ótimo filme japonês que não apela "para os perigos sobrenaturais" ...rs.<br /></div><div align="justify">Espero voltar a postar com mais frequência.<br /><br />Vejam o trailer legendado do filme no link:<br />http://www.youtube.com/watch?v=vNV5SxbTvKA<br /><br />Grandes abraços, </div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-77070540702529602302009-01-21T06:30:00.000-08:002009-01-21T07:21:15.762-08:00Passado, presente, futuro - futuro, presente, passado<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SXc6wxAy0rI/AAAAAAAAAB0/VlRwPYTYvoU/s1600-h/o+curioso+caso+de+B.+button.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5293764496462107314" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 219px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SXc6wxAy0rI/AAAAAAAAAB0/VlRwPYTYvoU/s320/o+curioso+caso+de+B.+button.jpg" border="0" /></a><br /><div>Hoje resolvi escrever sobre um filme, que vem sendo muito comentado ultimamente, chamado <strong>"O Curioso Caso de Benjamin Button"</strong> que conta uma história (de ficção) onde o protagonista nasce com todos os sintomas (biológicos) da velhice e aos poucos vai rejuvenescendo ao ponto de se tornar ao final um bebê (depois de já ter vivido 80 anos). Portanto, ele vive experiências biológicas invertidas, e isso vai também ter impactos na socialização dele. Ainda que nascido velho, ele recebe da mãe (adotiva, porque o pai biológico rejeita o "monstrinho" ao nascer) o carinho comum dado a um bebê, porém, no mundo afora, espera-se dele as experiências e saberes de um velho. </div><br /><div>É essa confusão/cruzamento do caminho metabólico do nosso corpo biológico com o caminho experimental do nosso ser social que me chamou a atenção no filme, e remete aos constantes (e diria, ainda inconclusos) debates na antropologia, e também na Pedagogia, acerca da relação entre NATUREZA E CULTURA. No filme acredito ser possível perceber sim, uma influência daquele corpo biológico (por exemplo quando ele tinha 10 anos de vida com a aparência de 70 anos) na maneira como ele vivia as suas experiências sociais... como ele se SOCIALIZAVA. Mas por outro lado, é nítido em algumas passagens que a personalidade dele (e seu "domínio do mundo") se formava independentemente da sua condição biológica, sendo "determinado" pela forma em que ocorria a sua inserção no meio social.</div><br /><div>Do ponto de vista técnico destaco a maquiagem (claro), mas me chamou mais a atenção, não quando ele fica mais velho, e sim, uma cena em que Brad Pitt é maquiado para ficar mais jovem, com a aparência de um jovem de 15 anos (aliás a última cena em que ele aparece no filme). Impressionante, fica parecendo animação de computador.</div><br /><div>Por fim quero destacar o passeio histórico que o filme nos oferece; Benjamin viveu literalmente o "Breve século XX". ele nasce no dia em que acaba a primeira guerra mundial (1918) no meio das comemorações, e a medida que vai "crescendo" (rs) acompanha todas as principais transformações que vive a sociedade americana, como a crise de 29, a IIª guerra mundial e, no final, o "American Way of Life". Muito interessante esse pano de fundo do filme.</div><br /><div>Bom, recomendo a todos ver o filme, e quem sabe depois ler o livro homônimo (conversava ontem com Fabiano sobre isso, se é melhor ler o livro antes, ou aproveitar a "facilidade" do cinema? - confesso que fico com a última opção), escrito por F. Scott Fitzgerald em 1921. </div><br /><div></div><br /><div>Veja o trailer do filme no YouTube:</div><br /><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=anOQgL97snQ&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=anOQgL97snQ&feature=related</a><a href="http://www.youtube.com/watch?v=EvX5bJD29mc"></a></div><br /><div></div><br /><div>Grandes abraços...</div><br /><div></div><br /><div></div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-61185112376063319722009-01-13T20:18:00.000-08:002009-01-13T21:07:32.375-08:00A escola da vida<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SW1xr4fJY4I/AAAAAAAAABs/j8aNA2lrby4/s1600-h/slumdogo+millionaire.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5291010135941538690" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 216px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SW1xr4fJY4I/AAAAAAAAABs/j8aNA2lrby4/s320/slumdogo+millionaire.jpg" border="0" /></a><br /><div>Vi ontem uma obra prima, provavelmente desconhecida de muito de vcs: "Slumdog Millionaire" de Danny Boyle, o mesmo diretor de "Trainspotting" (tenho original caso alguém se interesse) filme fantástico na linha de "Laranja Mecânica" com abordagem crua e ao mesmo tempo fantasiosa.</div><br /><div>Bom, Slumdog conta a história de um jovem pobre, que nunca havia frequentado a escola, participando de um concurso de TV daqueles de perguntas e respostas (uma espécie de Jogo do Milhão indiano). De cara vai parecer um filme chato, com algumas passagens típicas dos filmes de Bolywood (que produz enlatados piores do que sua sósia americana). </div><br /><div>O filme, usando o formato de ida e vindas no passado, vai explicando como que o jovem aprendeu cada resposta das perguntas que lhes foram feitas no concurso (uma parte perguntas bobas, outras um pouco mais difíceis). Foi aí que a ficha caiu para mim, o filme demonstra como a Escola da vida, da sobrevivência cotidiana numa situação de miséria e vulnerabilidade total, pode nos oferecer mil aprendizagens que podem ser necessárias no decorrer da nossa trajetória. Dessa forma o filme demonstra o quanto muitas vezes títulos acadêmicos mas sem prática no cotidiano, pouco podem nos preparar para as reais demandas da nossa vida.</div><br /><div>O retrato da vida daquele jovem, (junto ao seu irmão e a uma pequena garota, todos aparentando entre 4 e 6 anos quando começam a jornada) é fascinante, especialmente quando mostra as diversas estratégias de sobrevivência através do trabalho (diversos tipos) em que eles vão se envolver.</div><br /><div>É também um bom filme etnográfico, que descreve e reflete sobre a miséria existente na complexa sociedade indiana (a novela da Globo vem aí, provavelmente para fantasiar este mundo). Descreve também os conflitos religiosos entre hindus e muçulmanos, e o choque cultural gerado pelo atual momento de desenvolvimento econômico (para poucos) em curso na Índia.</div><br /><div>Sou fascinado por filmes com esse caráter etnográfico e sócio-antropológico; nos últimos anos uma boa leva de filmes com esse perfil foram produzidos com foco na África (devorei todos eles), talvez agora seja o momento para esse foco mirar na Ásia. Acho que o último filme que vi nesse perfil foi "Paradise Now" (também tenho ori..., digo, tenho caso alguém queira ver...rs) que fala da Palestina, fantástico por sinal, ganhador do oscar de melhor filme estrangeiro. </div><br /><div>Aliás falando em prêmios, "slumdog" venceu essa semana o Globo de Ouro de melhor filme dramático, e "Vicky Cristina Barcelona" (que comentei no post anterior) venceu o de melhor filme de comédia. De fato dois prêmios merecidos.</div><br /><div>Quero dedicar esse post as minhas queridas alunas da UEFS (com as quais muito aprendi sobre a Pedagogia), acredito que ele nos oferece boas reflexões sobre a educação no seu sentido mais amplo.</div><br /><div>Vale a pena ver, ótimo filme.</div><br /><div></div><br /><div>Veja o trailer no link abaixo:</div><br /><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=AeWdLmNnfKE">http://www.youtube.com/watch?v=AeWdLmNnfKE</a></div><br /><div></div><br /><div>Grandes abraços...</div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-27527559963787074262009-01-11T19:05:00.000-08:002009-01-11T19:35:23.254-08:00Amor e sexo: conjugações possíveis<a href="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SWq5Gt2l9tI/AAAAAAAAABk/kNh11hjTMq0/s1600-h/vicky_cristina_barcelona.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290244237338998482" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 215px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SWq5Gt2l9tI/AAAAAAAAABk/kNh11hjTMq0/s320/vicky_cristina_barcelona.jpg" border="0" /></a><br /><br />Acabei de ver um filme com Laura (que dessa vez assistiu na íntegra). "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Vicky</span> Cristina Barcelona". Um filme De <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Woody</span> Allen, mas que bem poderia ser de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Almodovar.</span> Não só pelo óbvio de ser um filme ambientado em Barcelona (aliás cidade sedutora... quem me dera pudesse conhecê-la de perto), mas por ser um filme que quebra... <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">reflete</span> sobre tabus acerca de sexo, amor e casamento. Nesse filme cabe, desde uma jovem (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Vicky</span>) que tem clareza racional do quer <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">afetivamente</span> (casamentos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">planejados</span>... muito comum hoje em dia) que pensa a família racionalmente (com relação a fins, como diria Weber), a uma outra jovem (Cristina) que não sabe o que quer e se lança ao novo constantemente, conseguindo fazer do novo, algo velho com uma rapidez impressionante.<br /><br /><br />Em alguns momentos o filme parece demonstrar que a vida a TRÊS seria mais "completa"como num <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_7">triângulo</span>, onde a saída de uma das partes não <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_8">possibilita</span> nenhuma nova combinação... Confesso que adorei essas reflexões (embora feliz com a vida a dois), já que quando jovem sempre me indaguei sobre essas questões, e como bom cientista procurei "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">experienciar</span>" essas possibilidades.<br /><br /><br />Bom, de qualquer maneira o filme é belo, por mostrar um mundo rico culturalmente e leve (sonho de consumo de todo intelectual) com arte, música, prazeres e muito vinho, além de pessoas interessantes e ousadas (vide o personagem de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Javier</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Bardem</span>) a se conhecer.<br /><br /><br />Destaco também <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_12">Penélope</span> Cruz (linda e fantástica) representando uma mulher intensa que, apesar dos tiros, é o sonho de muitos homens. Aproveito para recomendar o filme "Fatal" com ela e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Ben</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Kingsley</span> sobre um professor mais velho que se apaixona por uma aluna perdidamente (não sabem como me identifiquei com esse filme).<br /><br /><br />Vale a pena ver, não sou especialista em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">Woody</span> Allen, mas o que vi dele até então, sempre me agradou.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Vejam abaixo o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">trailer</span> do filme:<br /><a href="http://br.youtube.com/watch?v=IcxA7TFUiXk">http://br.youtube.com/watch?v=IcxA7TFUiXk</a><br /><br />Grandes abraços...Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-12410596470465691592009-01-07T19:19:00.000-08:002009-01-07T20:00:18.672-08:00A música do ABBA linkando épocas<a href="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SWV4iwQUftI/AAAAAAAAABQ/9fDVaSPWXUQ/s1600-h/mamamia90.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5288765875880754898" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SWV4iwQUftI/AAAAAAAAABQ/9fDVaSPWXUQ/s320/mamamia90.jpg" border="0" /></a><br />Acabei de ver um filme chamado "Mama Mia!" com a fantástica Meryl Streep (que está impressionantemente linda neste filme). Um tanto água com açúcar, musical (não como Woody Allen), romântico, com uma história um tanto batida, mas algo me chamou a atenção nesse filme: a MÚSICA! Não só porque eram do ABBA, mas porque esse musical não tem músicas que falam do filme, mas um filme que fala das músicas (não sei se vcs me entenderam).<br />Durante todo o filme os maiores sucessos do ABBA se apresentam, de forma cômica, romântica, mas principalmente, saudosa.<br />É como se o ABBA fosse um símbolo de uma geração, não só do passado, mas também do presente, criando identidade entre essas épocas. Suas músicas lembram da década de 70, dos jovens ávidos por amor livre, entram na década de 80 com a disco music, as danças, as calças boca-de-sino, e chegam na década de 90 com a explosão da cultura GLBT, com o seu mundo fascinante que envolve todas as sexualidades.<br />Com a década de 70 só guardo uma referência histórica, dos livros, filmes que vi. Da década de 80, embora um adolescente, consigo lembrar das discotecas, dos meus tios ouvindo ABBA, indo para o CINE BRASIL, no bairro da liberdade onde "acontecia" uma discoteca, numa época de ouro da Liberdade (muito mais tranquila do que hoje). Com a década de 90... essa vivi muito, a minha juventude, o movimento estudantil, as festas pelo centro da cidade, sem dinheiro, os inferninhos da Carlos Gomes, a boate Holmes, um mundo literalmente "gay".<br />Boa parte dos meus amigos que acompanham este blog viveram essa época, aproveitaram-na. Eu vivo hoje uma outra fase, confesso que não sinto saudades, foi uma época... passou. Me sentiria um "adultescente" se ainda vivesse pelas madrugadas afora, hoje sinto prazer em outras coisas (como muitos já sabem, ir ao Shopping com meus filhos, ir ao parque e comer por lá), além é claro de ficar em casa vendo filmes, muitos filmes, com a minha Laura ao lado (embora quase sempre ela durma no meio do filme).<br />Mas queria fazer o registro: o ABBA marca uma geração; há muito não tirava o meu CD da poeira, mas amanhã certamente ouvirei muito "dancing queen".<br />Bom, mais uma indicação pouco intelectualizada...rs, acho que é a influência das férias, mais liberdade para sentir boas vibrações em filmes leves. Espero que gostem e comentem por aqui.<br /><br />Clip da música Mama Mia! do ABBA (histórico)<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=WY57jGNCN8Q&NR=1">http://www.youtube.com/watch?v=WY57jGNCN8Q&NR=1</a><br /><br />Trailer legendado do filme:<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=ZgCDK7XUQCs">http://www.youtube.com/watch?v=ZgCDK7XUQCs</a><br /><br />Grandes abraços...Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-26847235218720600032009-01-03T08:56:00.000-08:002009-01-07T20:04:56.528-08:00O fascínio do cinema<a href="http://2.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SV-kGgQ6b8I/AAAAAAAAABI/MfNR5ue7-uE/s1600-h/bekindrewind.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5287124919203295170" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 261px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SV-kGgQ6b8I/AAAAAAAAABI/MfNR5ue7-uE/s320/bekindrewind.jpg" border="0" /></a><br /><br />Vi a pouco um filme, uma comédia, produção simples, chamado: "Rebobine por favor". O nome é uma alusão a uma vídeo locadora (coloco o hífen, ou junto as duas palavras? Esse novo acordo ortográfico...) que apenas aluga VHS e, como muitos diante da modernidade fugaz, se isola do mercado por não acompanhar a tecnologia - no início parece uma opção, como um apego ao tradicional, mas adiante veremos que não é bem por isso - como num bom filme nacional chamado Durval Discos onde o proprietário de uma loja insiste em apenas comercializar vinil (tenho o filme caso alguém tenha curiosidade). Acho que essa necessidade de se apegar ao passado, diante de transformações tão intensas e velozes do nosso "presente contínuo" é um fenômeno interessante que mereceria mais atenção (quem sabe alguém não post aqui um comentário sobre as sensações vividas numa "festa ploc" por exemplo? - sei que muitos dos meus amigos foram a uma dessas festas).<br /><br /><br />Mas, o que de fato me incentivou a escrever hoje, é uma fascinação presente no filme pelo cinema, pela produção de filmes, pela ficção, por se ver representando algo, explorando a criatividade diante de poucos recursos. Isso no filme é fantástico e já paga o ingresso. Os personagens por uma demanda bastante ficcional, começam a "suecar" os filmes, mas com um detalhe importante, os filmes deveriam explorar a criatividade, ter humor, e principalmente: SEREM CURTOS (2o min. em média). Pensei logo em como hoje as pessoas detestam filmes muito longos. Numa cena uma personagem chega a justificar que o cérebro só consegue se concentrar em algo de verdade nos primeiros vinte minutos. Curioso... (dá outro post esse tema).<br /><br /><br />E aí, como num momento meu de "rebobinar a fita" da minha memória (perceberam aí o trocadilho...rs) lembrei de um momento ímpar da minha trajetória, ocorrido em Outubro de 1997, numa viagem a Canudos/BA. Meu velho amigo Renato vai lembrar desse momento, quando eu, ele e Jane (uma colega da graduação na época muito próxima a nós dois) pusemos na cabeça que faríamos um documentário daquele viagem, ainda inspirados numa recente descoberta do grande Glauber Rocha. Lembro-me bem de quando subíamos todos o monte onde Conselheiro construiu uma igreja em Monte Santo, e como nos esforçávamos para gravar depoimentos sérios sobre aquele mágico lugar.<br /><br /><br />Adoro cinema, e sempre desejei produzir filmes, desejo compartilhado com Renato desde o tempo do colégio Central, e o filme mostra como isso é importante, não só individualmente, mas também para o meio em que se vive, aonde se procura dar sentido ao passado e ao presente, mesmo que tendo que criar hiper realidades (olha a dúvida do hífen de novo), como acontece no filme, para garantir o glamour daquelas trajetórias sofridas e periféricas.<br /><br /><br />O filme vale a pena, não é uma obra prima, mas ao brincar com a possibilidade de se criar um "trash cult", renova nos apaixonados pelo cinema um quê de "cinema Paradiso".<br /><br /><br />Espero que gostem das indicações, e mais uma vez peço que, depois de verem o filme, comentem aqui o que acharam.<br /><br /><br /><br />Trailer do filme:<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=zriWZrkyY0g">http://www.youtube.com/watch?v=zriWZrkyY0g</a><br /><br />Grandes abraços...Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-6891794157248642622008-12-27T21:05:00.000-08:002008-12-27T21:46:07.594-08:00Altruísmo x egoísmo: culpa e sociedade<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SVcP2z5M4mI/AAAAAAAAABA/tUg_G9wdj0Y/s1600-h/sete_vidas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5284710122060046946" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 213px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SVcP2z5M4mI/AAAAAAAAABA/tUg_G9wdj0Y/s320/sete_vidas.jpg" border="0" /></a><br /><br />Ontem assisti um filme... chama-se "Sete Vidas". Conta uma história de culpa. Um homem, por pequena imprudência, causa um acidente e causa 7 mortes, entre elas a da sua amada mulher. Daí em diante a vida termina para ele, o sentimento de culpa o corrói. Mas ele não opta pela flagelação individual, aquela que resolve sua culpa individualmente, que aplacaria sua dor, eliminando do meio aquele único culpado... ele mesmo. Esse desejo individual de justiça contra si mesmo é acompanhado de uma necessidade de reparar a sociedade daquilo que lhe foi tirado... 7 vidas. É desta forma que ele buscará "castigar o seu crime" como num dilema <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">dotoyevskiano</span>. Mas no "crime e castigo" original o sentimento de culpa é construído no <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">âmbito</span> individual, não <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">constrói</span> essa necessidade de uma redenção pela reparação à sociedade, como um corpo uno que fora atingido. Aqueles <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">que recebem</span> a "<span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">bênção</span>" do protagonista não são pessoas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">diretamente</span> ligados as 7 vidas ceifadas, mas são partes de um meio que precisa ser recomposto.<br /><br /><br />É curioso que, mesmo num momento de extrema dor, ainda nos pensemos como partes <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_6">responsáveis</span> por um todo, e que meus <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">atos</span> não apenas interessam a mim, mas a outros também... estranhos, mas ao mesmo tempo familiares.<br /><br /><br />Penso que essas indagações, sobre os elos "<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">subjetivos</span>" (sim, também <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">subjetivos</span>) que nos unem aos outros "estranhos familiares"estão presentes nas reflexões <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">fundantes</span> de Emile <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Durkheim</span>.<br /><br /><br />Parafraseando uma música "Lamento <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">Sertanejo</span>" (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Dominguinhos</span>) que sempre uso nas minhas aulas para discutir <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">Durkheim</span>, me pergunto: como é estranho ser "como <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_15">rês</span> de desgarrada nessa multidão boiada caminhando a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">esmo</span>".<br /><br /><br />Vejam o filme, vale a pena, roteiro assimétrico que exige intensa atenção, mas com final que unifica as passagens soltas.<br /><p> </p><p>Vejam o trailer legendado:</p><p><a href="http://br.youtube.com/watch?v=zXkJW7ar0AE">http://br.youtube.com/watch?v=zXkJW7ar0AE</a></p><p> </p><p>Grandes abraços...</p>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-1835194059278724762008-12-22T09:59:00.000-08:002008-12-22T10:25:40.975-08:00A sindrome do Encarceramento...<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SU_bhEuHmwI/AAAAAAAAAA4/1BJGIaNa6kA/s1600-h/lescaphandreetlepapillocf3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282682249178225410" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 221px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SU_bhEuHmwI/AAAAAAAAAA4/1BJGIaNa6kA/s320/lescaphandreetlepapillocf3.jpg" border="0" /></a><br />Revi o filme "o Escafandro e a Borboleta" (este, como poucos no Brasil, manteve o nome original ao fazer o lançamento por aqui).<br />Impressionante! Para aqueles que ainda não assistiram, o filme conta a história de um homem de aproximadamente 35 anos (eu acho) que sofre um AVC, e fica totalmente paralisado, apenas lhe resta o movimento dos olhos, um deles já que o outro é costurado (cena fantástica!). Porém o essencial se manteve, embora ele demore a perceber isso, a sua CONSCIÊNCIA (tratada no filme como memória - a experiência vívida - e imaginação - a experiência antecipada).<br />É a partir desse binômio: o corpo e a consciência, que o diálogo central do filme se desenvolve e que muito interessa a sociologia. O "eu" e o "outro", o eu como a consciência e outro como o corpo, o primeiro aprisionado no segundo, na verdade "encarcerado", como que dentro de um mar profundo vendo o espaço de pouca visibilidade dentro de um escafandro.<br />Que relações percebi?<br />Assim como o corpo é o escafandro e a consciência é a borboleta no filme, diria que a Sociedade é o escafandro e o indivíduo a borboleta. É essa sensação constante de opressão sobre os sentidos subjetivos que Weber tanto fala, mas como no filme, o sentido subjetivo, a motivação, liberta, permite voar como a borboleta e, portanto, negociar constantemente com este que nos encarcera.<br />É um diálogo difícil, uma negociação difícil, mas sem dúvida a consciência é criadora, de sensações e também de "realidades" (no filme várias cenas confundem entre a imaginação e a realidade). Como imaginar escrever um livro piscando o olho para identificar letra a letra? Só o desejo, consciente da sua capacidade criadora, poderia construir essa realidade diante de condições externas "estruturais" tão duras.<br /><br />"minha imaginação e minha memória, são as únicas coisas que me permitem sair do meu escafandro"<br /><br />BRILHANTE, recomendo a todos, momento ímpar de pensar-se no mundo, no meio social e no seu próprio corpo.<br /><br />Trailer do filme:<br /><a href="http://br.youtube.com/watch?v=N4yY1yedPEc">http://br.youtube.com/watch?v=N4yY1yedPEc</a><br /><br />Grandes abraços...Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3998700659438405778.post-86927719951388797032008-12-20T18:57:00.000-08:002008-12-20T19:14:58.632-08:00Um começo, ou um recomeço?<a href="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SU20jgJv_BI/AAAAAAAAAAM/h-rbjslT9Ak/s1600-h/escafandro-e-a-borboleta-poster01t.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282076459994709010" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 124px; CURSOR: hand; HEIGHT: 165px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_G9ijJII-_yY/SU20jgJv_BI/AAAAAAAAAAM/h-rbjslT9Ak/s320/escafandro-e-a-borboleta-poster01t.jpg" border="0" /></a><br /><div>Aqui estou...</div><br /><div>Há muito tempo venho pretendendo ter um blog, escrever coisas, reflexões, dialogar com alunos, comentar sobre cinema (uma paixão) expor um pouco da minha vida (aquela parte que precisa ser exposta para proteger aquela que precisa ser privada).</div><br /><div>Alguns amigos me serviram de inspiração por terem criados blog's criativos, fantásticos, e sucessos de bilheteria, destaco aqui Luedy da UEFS e Ivandilson Miranda da UNIME nosso "mãe".</div><br /><div>Mas porque agora? Porque não antes... ou depois?</div><br /><div>sinto que algo novo tá surgindo, alguns já sabem do que estou falando, para os outros em breve trarei novidades completas, prefiro aguardar um pouco... cautela necessária para alguém que já contou algumas vezes com o ovo no da galinha e na hora 'H' foi surpreendido, mas acho que dessa vez vai dar tudo certo, creio que após essas festas já devo ter uma confirmação.</div><br /><div>amanhã terei um encontro especial: aniversário do amigo de longa data Fabiano, mas inclue outras comemorações: a minha que comentei acima e a aprovação no doutorado da minha grande amiga e eterno 'amore' Carla Galvão... estarão presentes o núcleo de amigos que me sustenta (aidna que a distância): além de biano, Carlinha, Flávio (parceiro e cumplice em várias viagens - ver depoimento dele no meu orkut) e Renato (amigo mister de irmão e alter ego).</div><br /><div>Bom, apresento a vcs o meu blog, pretendo cmentar smepre que der, acho até que de agora em diante com mais regularidade (vou ter um vida mais segura, mais tempo, melhor ventilação cerebral... portanto, mais criações), espero contar com vossos comentários, dos amigos e dos alunos.</div><br /><div>como disse pretendo também sempre apresentar um filme:</div><br /><div>O de hoje: O escafandro e a Borboleta - acabei de assistir, francês, curioso, inovador, perspectiva subjetivista, me lembrou demais Weber. Pretendo reve-lo amanhã, tava sonolento agora a pouco, assim quem sabe fazer um comentário mais completo.</div><br /><div></div><br /><div>Grandes abraços...</div>Sandro Ferreirahttp://www.blogger.com/profile/06263844381063851088noreply@blogger.com7